Luize Valente

Luize Valente nasceu no Rio de Janeiro. É documentarista e jornalista, formada em Jornalismo e pós-graduada em Literatura Brasileira pela PUC/RJ. É autora dos romances O SEGREDO DO ORATÓRIO (Record, 2012), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2013; UMA PRAÇA EM ANTUÉRPIA (Record, 2015); e SONATA EM AUSCHWITZ (Record, 2017), publicado também em Portugal (Saída de Emergência) e vendido para Itália (Tre60) e França (Les Escales).
Os direitos de adaptação audiovisual dos dois primeiros livros foram contratados pelos diretores brasileiros Breno Silveira e Paula Fiúza. É autora, com Elaine Eiger, do livro Israel: rotas e raízes, e dos documentários Caminhos da memória: a trajetória dos judeus em Portugal, de 2002, e A estrela oculta do Sertão, de 2005, exibidos em festivais no Brasil, no exterior e pela televisão. Foi editora no canal a cabo Globo News, tendo passado pela TV Globo, pela Bandeirantes e pelo GNT. Atualmente dedica-se exclusivamente à escrita.
A MENINA COM ESTRELA
Alma e Eva são melhores amigas para sempre. Na verdade, elas são mais do que amigas, são “amigas gêmeas”. Nasceram no mesmo ano, no mesmo mês, no mesmo dia, na mesma cidade, na mesma rua, com apenas algumas horas de diferença. Desde pequenas, gostam de ficar perto uma da outra, de brincar juntas e de se ajudar quando é preciso. Mesmo sendo amigas gêmeas e tendo, como todo mundo, dois olhos, um nariz e uma boca, muita gente diz que elas são completamente diferentes uma da outra, a tal ponto que não poderiam nem conviver na mesma rua, na mesma cidade e no mesmo país.

Alma e Eva estão crescendo em meio à Segunda Guerra Mundial e, durante esse período, as pessoas enfrentavam imensas dificuldades. Uma delas era a proibição de se estar perto de quem se gosta. Naquela época, o mundo estava completamente dividido: dois lados opostos brigavam para saber quem iria vencer, e ninguém vivia tranquilo e feliz, mesmo que, num determinado momento, estivesse do lado que estava ganhando.
Mas a amizade de Alma e Eva resiste a tudo isso, graças à coragem que elas têm de permanecerem juntas e graças àquela estrela muito antiga. A estrela pertence a Eva, mas ela não hesita em dá-la a Alma quando sua amiga gêmea mais precisa.

Status/Publicação: pela Leya em setembro de 2022.
SONATA EM AUSCHWITZ
Os dois primeiros capítulos desse romance foram incluídos na elogiada antologia 18 – JEWISH STORIES TRANSLATED FROM 18 LANGUAGES, editada pela Dra. Nora Gold, e na qual Luize Valente figura com a companhia de Isaac Babel, Elie Wiesel e Norman Manea.

Um bebê nascido nas barracas de Auschwitz-Birkenau, em outubro de 1944. Uma sonata composta por um jovem oficial alemão, na mesma data, também em Auschwitz. Duas histórias que se cruzam e se completam. Décadas depois, Amália, portuguesa filha de pai alemão, começa a levantar o véu de um passado nazista da família a partir de uma partitura que lhe é revelada por uma bisavó desconhecida, assinada por seu avô Friedrich e com o título de Für Haya (“Para Haya”). A dúvida de que o avô, dado como morto antes do fim da Segunda Guerra, possa estar vivo no Rio de Janeiro, a leva a atravessar o oceano e a conhecer um casal de judeus sobreviventes do Holocausto, Adele e Enoch.
A ascensão do nazismo em Berlim, a saga dos judeus húngaros da Transilvânia, os mistérios acontecidos no campo de extermínio da Polônia e o pós-guerra numa casa cheia de segredos num lago de Potsdam oferecem os trilhos que Amália percorrerá para montar o quebra-cabeças.

Status/Publicação: pela Record em outubro de 2017, pela Saída de Emergência (Portugal) em janeiro de 2018 e por Les Escales (França) em novembro de 2019. Vendido para Tre60 (Itália) e para Ombra GVG (Albânia).
UMA PRAÇA EM ANTUÉRPIA
UMA PRAÇA EM ANTUÉRPIA, segundo romance de Luize Valente, ambientado nos dias de hoje e durante a Segunda Guerra Mundial, conta a saga de duas irmãs portuguesas, Olivia e Clarice. Olivia se casa com um português e vem para o Brasil. Clarice casa-se com um judeu alemão e vai morar em Antuérpia, na Bélgica. Ambas vivem felizes, com maridos e filhos, até que a guerra começa, e a Bélgica é invadida. Para escapar do nazismo, a família de Clarice conta com a ajuda do cônsul português Aristides Sousa Mendes, diplomata que salvou milhares de vidas de judeus e não judeus emitindo vistos de trânsito para Portugal, em 1940, enquanto atuou em Bordeaux, na França, e em Antuérpia.
A família recebe o visto mas, ao chegar a Portugal, um destino trágico a espera. Destino que vai mudar e marcar a vida das irmãs para sempre por causa de um segredo que só será revelado 60 anos depois.

Status/Publicação: pela Record em maio de 2015 e pela Saída de Emergência (Portugal) em novembro de 2015. Direitos de adaptação para cinema e TV contratados por Paula Fiúza, do Canal Laranja, com o cineasta Breno Silveira. [364 páginas]
O SEGREDO DO ORATÓRIO
Uma ficção que mistura aventura, mistério e uma saga familiar que atravessa três séculos, este romance traz à tona as raízes judaicas do povo brasileiro através da busca da jovem médica Ioná, que quer descobrir a origem de sua família. Uma jornada que começa no sertão nordestino, passa por São Paulo e chega a Nova York, onde a primeira comunidade judaica foi fundada por judeus vindos do Brasil.
A trajetória é marcada por revelações e encontros que vão mudar a vida de Ioná a partir do momento em que ela descobre um segredo guardado há mais de dez gerações.

Status/Publicação: pela Record em 2012. Publicado pela Nieuw Amsterdam (Holanda), em 2013. Direitos de adaptação para cinema e TV contratados por Paula Fiúza, do Canal Laranja, com o cineasta Breno Silveira. [317 páginas]
DO TEMPO EM QUE VOYEUR PRECISAVA DE BINÓCULOS
DO TEMPO EM QUE VOYEUR PRECISAVA DE BINÓCULOS traz, em três histórias passadas nos anos 90 do século XX, instigantes relações de personagens com a casa — a sua, a alheia, a metafórica. A casa, fio condutor destas histórias, surge como abrigo físico, paredes que resguardam loucuras e obsessões mas que também aprisionam e se deterioram, como morada íntima que se torna, afinal, alter ego dos próprios corpos.
Do homem condicionado à solidão do apartamento que, em meio ao tédio, decide mexer na vida dos vizinhos do prédio em frente e acaba mexendo muito mais na própria vida. Da mulher em que a imposição da mudança de país, e de casa, leva à libertação do próprio corpo, sexualidade e casamento. Do casal que circula pelos cômodos da casa, onde se encontra literal e emocionalmente preso, quando o incômodo de uma infiltração no banheiro é pretexto para o vazamento de tudo que nunca é dito.

Status/Publicação: pela Record em agosto de 2019.