Maria José Silveira

Maria José Silveira é escritora e tradutora. Formada em Comunicação e em Antropologia, mestre em Ciências Políticas, trabalhou vários anos como editora. Seu primeiro romance, A MÃE DA MÃE DE SUA MÃE E SUAS FILHAS, recebeu o Prêmio Revelação da APCA em 2002 e teve seus direitos comprados para minissérie pela TV Globo. Desde então, dedica-se apenas a escrever e tem seis romances e inúmeros livros infantis e infanto-juvenis publicados,
vários dos quais premiados, comprados em grandes quantidades para bibliotecas públicas e adotados por diversos programas de governo. É também autora de três peças de teatro, todas encenadas. Nascida em Goiânia, mora há vários anos em São Paulo, cidade que foi tema de seu romance mais recente, PAULICEIA DE MIL DENTES, finalista do prêmio Portugal Telecom.
FAREJADOR DE ÁGUAS
Nos anos 1920, Minino, garoto órfão criado por uma mulher indígena, decide abandonar a terra deixada pelos pais, em Goiás, e acompanhar a Coluna Prestes. Graças a sua coragem e esperteza, e também por possuir o dom de “farejar” águas de nascentes de rios, ele logo passa a ter relevância no grupo e a caminhar na frente da marcha, a fim de também farejar jagunços escondidos na vegetação, prontos para emboscadas.
É nessas andanças que Minino desenvolve a vontade de lutar por aquilo em que acredita, além do amor pela natureza e por Maria Branca, que se torna sua companheira de toda a vida. Com o fim da Coluna, decide voltar para sua pequena propriedade, mas isso não o impede de continuar perseguindo seus ideais.

Status/Publicação: Publicado pela Instante em junho de 2023 [256 páginas]
AQUI. NESTE LUGAR.
A floresta nunca dorme. Os xamãs e seus discípulos também não. Em uma época passada, pré-invasões europeias, uma profusão de seres e povos da floresta se prepara para um embate que promete abalar a vida no planeta. Neste romance distópico e metafórico de Maria José Silveira, amazonas e guerreiros viris dividem a cena com figuras ambíguas e cômicas, como os irmãos Macu e Naíma, espécie duplicada de Pedro Malasartes, além de outros tantos entes do folclore nacional.
Num enredo que marcha de várias direções para chegar a uma arena mítica, a autora nos envolve numa narrativa que mescla humor, sensualidade e crítica social.

Status/Publicação: pela Autêntica Contemporânea em junho de 2022.
MARIA ALTAMIRA
A narrativa é uma jornada pela América Latina e pelo interior do Brasil. Começa em 1970, com uma avalanche que soterra uma cidade nos Andes peruanos, e termina nos dias atuais, em Altamira, Pará, pouco depois da inauguração da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Uma catástrofe da natureza, a outra provocada pelo homem. Uma atinge a mãe; a outra atinge a filha. As duas são indígenas.
Por meio de suas protagonistas e outros personagens que sofrem a destruição de seu modo de vida, o romance lida com temas como a situação indígena no Brasil; a procura do pai e da mãe; a força das raízes e do acaso; o que é o bem, o que é o mal; quem sou eu, o que faço de minha vida? É um épico, um romance, um filme, uma série.

Status/Publicação: pela Instante em março de 2020.
A MÃE DA MÃE DE SUA MÃE E SUAS FILHAS
O livro conta a história das mulheres que formaram a grande família que habitou e ainda habita o Brasil desde a época da colonização portuguesa e que tiveram importância no desenvolvimento do país. Cada mulher é a heroína de um capítulo, e as filhas vão tomando o lugar das mães, com relatos tão vivos que é como se estivéssemos presentes à época. Nessa teia de vivências e acontecimentos, a autora vai tecendo e recriando a História do Brasil, os costumes, os desafios, as mortes, os dilemas dessas almas ora tão puras, ora tão conturbadas.
Nessa teia de vivências e acontecimentos, a autora vai tecendo e recriando a História do Brasil, os costumes, os desafios, as mortes, os dilemas dessas almas ora tão puras, ora tão conturbadas.

Status/Publicação: pela Globo em 2002, pela Open Letter Books (EUA) em outubro de 2017, pela Mondadori (Itália) em julho de 2018 e pela Éditions Denoël (França) em março de 2019. Relançado pela Globo em junho de 2019. [367 páginas].