GABRIEL WALDMAN LÊ EDITH EGER

Gabriel Waldman, escritor húngaro naturalizado brasileiro, recomenda “The Choice” (Scribner), autobiografia de Edith Eger cuja tradução brasileira foi lançada pela Sextante com o título “A liberdade é uma escolha”. Autora do memoir best seller “A bailarina de Auschwitz” (Sextante), Edith sobreviveu aos horrores do campo de concentração em que o próprio Waldman perdeu quase toda a sua família.

O livro “The Choice” (Scribner), de Edith Eger, publicado no Brasil pela Sextante sob o título “A liberdade é uma escolha”, é simbiose de uma autobiografia fascinante, uma história de terror de arrepiar e uma lição de vida para jamais esquecer. Não é por acaso que a autora foi entrevistada por Oprah Winfrey, que opinou depois: “A história da Dra Eger me transformou para sempre.” O Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu disse após a leitura do livro: “A vida da Dra. Eger revela nossa capacidade de transcender o horror e aproveitar o sofrimento para o benefício dos outros”.

Edith Eger era uma judia húngara com 17 anos incompletos quando foi levada para Auschwitz pelos nazistas. Lá ela passou pelo escrutínio do monstro humano Dr. Mengele, que decidia quem ia direto para a câmara de gás e quem poderia ser aproveitado para trabalho escravo e viver mais algum tempo. Por ela ser jovem e aparentemente frágil demais, Mengele mandou-a para a fila do extermínio. Porém, informado de que ela era bailarina, ordenou-a que dançasse. Superando fome, frio e maus tratos, ela dançou e salvou a sua vida.

Quando o campo foi liberado, seu corpo emaciado foi encontrado numa pilha de cadáveres, ainda com um sopro de vida. Recuperada, foi morar nos Estados Unidos e formou-se em psicologia clínica especializada em abalos psíquicos pós traumáticos. O roteiro do livro segue uma trama muito bem urdida entre a vivência em situações de limite físico e psíquico impostas a ela em Auschwitz e seu aproveitamento nos casos clínicos que atendeu depois.