A SEDE E O FAREJADOR

 

A SEDE E O FAREJADOR

Foi lançado com fanfarras nesta quinta-feira na Espanha pelo selo Debate da PenguinRandomHouse (@penguinrandomhouse) um livro que é perfeita mescla de memórias, pesquisa histórica e arqueológica e ensaio antropológico, causando grande repercussão e logo provocando excepcional resenha crítica no caderno Babelia do El País (@el_pais). O livro é LA SED – A SEDE -, da jornalista e antropóloga Virginia Mendoza, que de maneira notável para uma obra de não ficção de origem espanhola já está vendida à Pushkin (@pushkin_press) para tradução na Grã-Bretanha, à Mondadori (@librimondadori) na Itália e à De Geus (@uitgeverijdegeus) na Holanda.
Lindamente escrito, o livro parte da infância da autora na sequíssima região de La Mancha para se estender numa história da água, ou da humanidade em sua busca, até este momento de premente falta dela. Tem um personagem magnífico, o avô da autora, que exibia um notável atributo e um mágico talento para localizar poços. Diz El País que os recursos do avô de Virginia o “conectavam com os habitantes de outros lugares secos que também olham para o céu com angústia”. Mas o que causa forte impressão na agência é esse fenômeno que volta e meia se observa na produção literária internacional de uma coincidência de temas, ideias e afetos. O avô de Virginia parece muito com o Minino, protagonista do romance FAREJADOR DE ÁGUAS (@editorainstante), de Maria José Silveira (@mariajosepeixotodasilveira). A sincronicidade literária que faz pensar num fio que conecta, sim, toda a humanidade. Talvez O FIO CONDUTOR, do Francisco Azevedo (@franciscoazevedoescritor)…

 

Matéria – https://elpais.com/babelia/2024-01-31/la-sed-cuando-la-patria-es-alli-donde-llueve.html