Francisco Azevedo

Romancista, dramaturgo, roteirista, poeta e ex-diplomata, Francisco José Alonso Vellozo Azevedo nasceu no Rio de Janeiro em 1951. Começou a se dedicar à literatura em 1967, quando venceu concurso promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Além de livros e peças de teatro, encenadas no Brasil e no exterior, Francisco Azevedo escreveu para mais de 250 produções audiovisuais.
Seu bem-sucedido primeiro romance O ARROZ DE PALMA, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, já conquistou milhares de leitores em todo o mundo, tendo sido traduzido para 13 idiomas. Com estreia marcada para abril de 2019, o romance será novela da TV-Globo, mantendo o título O arroz de Palma. Em 2012, a Record publicou seu segundo romance, DOCE GABITO.
O FIO CONDUTOR
Tendo o Brasil como narrador, O FIO CONDUTOR é a história incomum de Inaiê e Caíque, brasileiros comuns que, mesmo com seus erros, medos e tropeços, amam e sonham alto, porque sabem que o amor e o sonho nos foram dados de graça nesta vida que tanto nos põe à prova, e são nossa verdadeira conexão com o Algo Maior que nos irmana, entrelaça e dá sentido.

Como narrador, o Brasil está sempre presente, envolvido não só com a trama que se constrói em torno dos dois protagonistas, como também na dos demais personagens. Porque é um Brasil que vive dentro de todos e de cada um, que procura fazer as pazes consigo mesmo, e que tem consciência dos males que o desagregam nestes dias hostis e surdos – embora, insista, a hostilidade e a indiferença não sejam as regras que o regem.
Às voltas com o passado para resolver questões familiares ancestrais, Inaiê e Caíque mergulham nesse imenso e conflituoso país, conhecem então um Brasil já desperto que, pelo fio que o conduz, tece outro tempo, mais solidário e colaborativo, porque é vocacionado a transcender credos, berços e tons de pele. Um Brasil fértil e inventivo, condizente com sua pródiga Natureza.

Status/Publicação: Pela Leya (Brasil) em setembro de 2023.
A ROUPA DO CORPO
Neste novo romance, Francisco Azevedo nos apresenta o narrador-personagem Fiapo, que nos conduz pela viagem de sua vida. Com ele, seus caminhos e seus relacionamentos, acompanhamos as infinitas possibilidades que cabem em uma existência, quando dedicada à compreensão da alma. Entre os grandes movimentos planetários e os marcos históricos, a vida cotidiana acontece. É entre o nascer e o morrer que amamos, odiamos, nos ressentimos e nos reconciliamos. "Nada é banal. E não existem pessoas comuns." "Podemos não perceber, mas tudo nesta vida é pura mágica", como nos lembra o autor.

O livro percorre conflitos nascidos de encontros e desencontros, fragmentação e recomposição familiar, que propiciam o compartilhamento de uma memória comum e um destino coletivo que nos irmanam e aproximam; e trará aos veteranos leitores de Francisco Azevedo uma carga nostálgica, pois os personagens dos livros anteriores aparecem também aqui, apontando os vínculos que nos constituem e acompanham nossa existência.
Com uma jornada que se inicia entre o Rio de Janeiro e as cidades de Convés e de Santo Antônio da União, rumo ao difícil e desafiador ano de 2020, A ROUPA DO CORPO é um convite para que nos deixemos seduzir pela habilidade de Francisco Azevedo de contar histórias, criando personagens e conflitos com todas as complexidades e contradições da vida humana.

Status/Publicação: pela Record em novembro de 2020.
O ARROZ DE PALMA
Primeiro romance a lidar com a grande imigração portuguesa para o Brasil no século XX, O ARROZ DE PALMA narra a saga de uma família em busca de um futuro melhor. Durante os cem anos em que o leitor acompanha suas vidas, irmãos e irmãs brigam e fazem as pazes. Alguns casam bem, outros se separam. Filhos são motivo de preocupação e de felicidade. Ao longo da história, sempre lá, está o arroz jogado sobre o patriarca e a matriarca da família, José Custódio e Maria Romana, em seu casamento, em 1908. O arroz é o fio que liga a história, como uma trilha de farelos pelos labirintos da memória.
Estreia literária do roteirista e dramaturgo Francisco Azevedo, O ARROZ DE PALMA é um romance delicado, com um quê de Isabel Allende, um entrecho sentimental que revela a nostalgia de um tempo em que as famílias eram sempre o porto seguro. No Brasil, um grande sucesso para a Record; já vendido para mais de uma dezena de editoras internacionais.

Status/Publicação: pela Record em 2008; Espasa Calpa (Espanha); La Columna (Catalunia); DTV (Alemanha); Mondadori (Itália); Cappelen Damm (Noruega); Norstedts (Suécia); Porto Editora (Portugal); Autrement (França); Carobna Knjiga (Sérvia); Signatuur (Holanda) e Atria (EUA). Vendido para a Epsilon Yayinevi (Turquia) e para a Illuminatio (Polônia). Direitos digitais sérvios vendidos para a Tea Books. Direitos audiovisuais vendidos para TV Globo.
DOCE GABITO
O livro conta a história de Gabriela Garcia Marques, nascida em 1967, em meio à guerrilha rural do Araguaia. Depois da morte de seus pais pelos militares, ela se muda para o Rio de Janeiro com seu avô, Gregório, para viver semiclandestinamente na favela. Durante uma tempestade, um senhor simpático de grandes bigodes aparece em um sonho para convencê-la a deixar o barraco, que cai e mata Gregório. A partir desse episódio, a tortuosa vida de Gabriela envolve as dificuldades de ser criada pela tia, proprietária de um bordel; os sofrimentos da adolescência; a paixão por José Aureliano, um homem casado que a trata como prostituta; e a perda de Florentino, seu único verdadeiro amor, quando ela decide escrever suas memórias.
Ao fundo, a fantástica história do Brasil na segunda metade do século XX e a presença constante de Gabriel García Márquez, apelidado Gabito, que aparece em sonhos para Gabriela sempre com conselhos preciosos.

Status/Publicação: pela Record em 2012. [460 páginas]
OS NOVOS MORADORES
As casas geminadas da rua dos Oitis: Na aparência, duas fachadas em perfeita harmonia. Na intimidade, duas estranhas em permanente conflito. A casa de cá, fria, desconfiada, tediosa. Enquanto que a casa de lá, atrevida, imprevisível, dionisíaca. Já era assim na época de Vicenza, famosa cantora também conhecida pelas festas animadíssimas que, é claro, infernizavam a vida de Zenóbio e Carlota, seus vizinhos. Quando Vicenza decide morar no exterior, traz alívio para ambos. Damiana, a filha caçula, recebe a notícia com indiferença. Apenas Cosme, o filho rebelde, sofre com a partida de sua amiga e amante. Às escondidas, o jovem sempre arrumava modo de visitá-la. Valia a pena correr o risco de ser descoberto pelos pais. A casa de lá era cheia de paixão, de humor, histórias fantásticas. Diferente da sua, onde a severidade e a amargura o asfixiavam. Meses depois, chegam os novos moradores. Pedro é professor universitário. Inês é pintora de renome.
O casal tem dois filhos adolescentes, Amanda e Estevão. Acaso ou destino, Cosme continua ligado à casa de lá. Apaixona-se por Amanda sem imaginar que os irmãos vivem secreta e atribulada história de amor. O crescente envolvimento entre os três jovens acirra ânimos e causa novos desentendimentos entre as duas casas. Os dramas que escondem aquelas paredes, o que se passa por trás daquelas portas. O que causa o simples girar de uma maçaneta: o flagrante, a cena inimaginável. Qual o pior castigo: a dor dos pais ou o pavor dos filhos? O que uma família é capaz de suportar quando o amor prevalece. A gravidez que trará mais desavença, o nascimento de Petra e a força transformadora do perdão. A busca de uma nova Humanidade, mais generosa, mais transparente. Tempos de aprendizado, de aprimoramento. De novas casas e novos moradores.

Status/Publicação: pela Record em junho de 2017. [418 páginas]