Gabriel Abreu

Gabriel Abreu nasceu no Rio de Janeiro, em 1993. É formado em literatura, arte e pensamento contemporâneo pela PUC-Rio e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. É um dos integrantes do Brecha, núcleo de criação e pesquisa interdisciplinar em artes que reúne artistas e não-artistas de diversas áreas em torno de pesquisas metodológicas, processos de criação e experiências formativas. Pelo Brecha, participou da criação da websérie “Língua” (2020) como produtor, diretor, roteirista e ator, e da peça-filme “Já Não Somos Doces” (2021) como produtor e ator.
Participou da Exposição “Formação e Deformação” (2018) na EAV – Parque Lage, onde expôs a obra “Prefiro Rir“. Esta deu origem a seu primeiro romance, TRISTE NÃO É AO CERTO A PALAVRA, publicado pela Companhia das Letras em 2023.
TRISTE NÃO É AO CERTO A PALAVRA
Um diário, centenas de fotografias e sessenta e oito cartas é tudo que G. tem de sua mãe, além das lembranças de um passado comum. A caixa de papelão que contém todos esses elementos guarda também as expectativas e as angústias de um filho que tenta construir sua própria identidade e recuperar o contato que se faz ausente. Partindo em busca dessa mulher – de quem ela foi antes da maternidade, da mãe que nasceu com ele, dos mistérios da individualidade –, G. revira bulas de remédio, diagnósticos médicos, mapas astrais, redige cartas, e-mails, questiona a si mesmo. E conclui: "Escrevo e envio esta carta para você para tentar reencontrar, em minha própria voz, a tua."
Neste sensível e ousado romance de estreia, Gabriel Abreu monta um emocionante quebra-cabeças de registros, afetos e lembranças que apenas um filho, em vias de perder a mãe, pode ter.

Status/Publicação: pela Companhia das Letras em abril de 2023. [208 páginas]
"De uma angústia tão delicada quanto a própria estrutura da memória, Triste não é ao certo a palavra é sobre dar voz. Ao filho, enquanto ele ainda não aprendeu a falar. À mãe, a partir do momento em que ela já não pode mais falar. Já, ainda. São modos de imergir no tempo que Gabriel integra, aproxima, transpõe. Este livro é todo pelo desejo de dar borda, narrar a mãe adentrando seus arquivos é uma estratégia lírica de tornar a mãe possível, continuamente." – Aline Bei
"Gabriel Abreu inventa neste livro uma nova língua, a dos sentimentos indizíveis. Um livro único, feito por um raro observador das emoções humanas." – Juliana Leite