Henrique Schneider

Nascido em Novo Hamburgo, o escritor gaúcho Henrique Schneider é autor premiado e advogado. Sua lista de romances é longa: PEDRO BRUXO; O GRITO DOS MUDOS, que conquistou o Prêmio Maurício Rosemblatt de Romance; A SEGUNDA PESSOA; CONTRAMÃO, finalista do Prêmio Jabuti em 2008 e escolhido como Livro do Ano pela Associação Gaúcha de Escritores; RESPEITÁVEL PÚBLICO; e SETENTA, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura e primeiro volume de sua Trilogia da Ditadura, já seguido por A SOLIDÃO DO AMANHÃ, com X, o terceiro volume, em processo de finalização da escrita.
A Trilogia da Ditadura, ainda em execução, tratará dramaticamente dos três pilares de todo sistema totalitário: a Tortura – em SETENTA; o Exílio – em A SOLIDÃO DO AMANHÃ; e a Censura – em X. Independentes entre si, os três romances narram histórias sobre pessoas relativamente anônimas, sem maior expressão na resistência à ditadura, mas que sobreviveram ao período e ao entorno opressivo. Henrique é também autor do livro de contos A VIDA É BREVE E PASSA AO LADO e integra diversas coletâneas de histórias curtas publicadas por várias editoras.
SETENTA
Raul é um bancário dedicado, um cidadão de bem levando uma vida tranquila em junho de 1970: destina todas as suas energias ao trabalho e a política não lhe interessa. Até que um dia, em meio ao clima de euforia patriótica às vésperas da final da Copa do Mundo, ele é confundido com um ativista opositor ao regime, preso e atirado numa cela para confessar algo a respeito do que não tem a menor informação.
A partir daí, o jogo vira, e ele passa a viver o que de mais terrível aconteceu no Brasil nos anos de chumbo.

Status/Publicação: pela Não Editora/Dublinense em maio de 2019. Traduzido pela Sefsafa (Egito), pela Red Star Press (Itália) e pela Marjin Kiri (Indonésia). [152 páginas]
A SOLIDÃO DO AMANHÃ
Na dureza de 1972, Fernando viaja de Porto Alegre até a minúscula Aceguá, na divisa seca com o Uruguai, de onde um colaborador da resistência atravessará com ele a imensidão do pampa a fim de entrega-lo a companheiros em Melo, do outro lado da fronteira, onde começará seu exílio. Envolvido no movimento estudantil, após ter sido preso, seus companheiros decidem que ele precisa sair do país, a fim de proteger a todos.
Quem o leva nessa viagem cheia de medos e incertezas é Jorge Augusto, fiscal da Secretaria da Fazenda, correto “cidadão acima de qualquer suspeita”, que só aceita a tarefa porque conhece Fernando desde sua infância. Mas há uma condição, diz Jorge Augusto: que na viagem não se fale de política. A SOLIDÃO DO AMANHÃ trata do tema do exílio sob a perspectiva não da vida do exilado fora de seu país, mas das tensas horas de viagem até cruzar a fronteira para o mergulho no desconhecido.

Status/Publicação: pela Dublinense em 2022. [128 páginas]. Direitos de adaptação cinematográfica contratados pela produtora A Fábrica.