INNOCENTI GIULIA é um romance histórico ambientado na Itália e na França, nas primeiras décadas do século passado, cuja protagonista é a jovem que dá título ao livro. Recém-saída da adolescência Giulia deixa a família de ambições burguesas, que vive em Savona,, para ter uma vida aventurosa ao lado do homem por quem se apaixonou: o jornalista e escritor Trento Tagliaferri, militante anarquista. Em Milão, Giulia passa a conviver com expoentes do anarquismo italiano, como Errico Malatesta e Armando Borghi, e se torna amiga de mulheres que marcaram essa vibrante corrente da esquerda europeia, como Leda Rafanelli e Maria Rygier. Ao lado de Trento, ela luta por uma revolução que jamais se concretizaria e enfrenta a violência fascista. Perseguido por Mussolini, o casal exila-se em Paris, onde Giulia se dedica a realizar o seu sonho profissional: desenhar e confeccionar chapéus femininos. Na capital francesa, ela tem contato com grandes nomes da moda, como Coco Chanel, Pauline de la Bruyère e Elsa Schiaparelli, e experimenta a efervescência artística dos anos 1920. Giulia também passa um ano no Brasil, para onde Trento se transfere para fazer agitação política. Ambos os personagens existiram na vida real: Trento era o avô materno de Mario Sabino e Giulia, que morreu antes de completar 30 anos, em Paris, foi o grande amor que ele deixou na Europa. O autor a descobriu em fotos guardadas havia um século, sem identificação, em uma velha pasta de documentos. Entre as fotos, havia uma do túmulo encomendado por Trento para Giulia, uma joia da arte funerária italiana que pode ser admirada no Cemitério Urbano de Cuneo.