MEU NOME É FLEMING. IAN FLEMING.

Miguel Sader

Ao assistir aos filmes de ação da série 007 – James Bond, é normal pensar que aquelas aventuras realmente só seriam possíveis no cinema. O que muita gente não sabe é que as tramas do agente secreto mais famoso do mundo foram todas inspiradas em experiências vividas por seu criador, Ian Fleming, quando ele servia no departamento de espionagem da Marinha britânica, durante a Segunda Guerra Mundial e nos anos que se seguiram. Essas fantásticas operações de inteligência secreta, origem de uma franquia incrivelmente bem-sucedida na história do cinema e da literatura, estão reunidas em IAN FLEMING’S WAR (“A guerra de Fleming”), prestes a sair na Grã-Bretanha por The History Press, uma das mais interessantes editoras de narrativas históricas de não-ficção no panorama internacional.

O mergulho na trajetória de Fleming é impressionante. Quem poderia imaginar, por exemplo, que um filme como Thunderball seria na verdade a história da Operação Ruthless, uma investida toda arquitetada por Fleming para ter acesso a um código secreto de comunicação nazista? Ou que Moonraker foi inspirado pelas façanhas da 30ª Unidade de Assalto, comando liderado por nosso protagonista? É para levar à loucura qualquer fã de 007.

Quem assina a obra é Mark Simmons, outro servidor da Marinha inglesa e grande admirador do trabalho de Fleming tanto como militar quanto como escritor, o que confere à narrativa uma abordagem única, não apenas voltada para os aspectos técnicos das atividades dos agentes secretos, mas também atraente para os leitores de ficção e ainda para os interessados pela história da Segunda Guerra. O trabalho de pesquisa realizado por Simmons é impecável, ilustrado por fotografias inéditas e prefaciado por Anthony Horowitz, roteirista e autor best-seller, amplamente publicado no mundo todo, no Brasil inclusive, um dos maiores nomes da literatura de suspense contemporânea.

VB&M representa IAN FLEMING’S WAR para o Brasil em nome da agência de Thomas Cull. Esperamos trazer a obra para cá em breve. Torcemos para que, com a publicação no Reino Unido, possamos receber logo novidades sobre recepção crítica e números de vendas que nos ajudarão a convencer o editor brasileiro do enorme potencial do trabalho de Simmons.