O CARNAVAL DA ONÇA

 

O CARNAVAL DA ONÇA

O carnaval é o feriado mais querido da equipe da agência _ a começar por mim, Anna Luiza, que todo ano em fevereiro desabalo de São Paulo para o Rio de Janeiro para oito dias de samba, apenas brevemente cortados por dois de batente na agência, como hoje. Isso, pelo apreço que temos à festa, aos blocos de rua e aos desfiles das escolas. Mas o carnaval deste ano foi especial, com a presença inesquecível da ONÇA (@civilizacaobrasileira) de Alberto Mussa na Avenida. Já tinha sido empolgante escutar o samba baseado em MEU DESTINO É SER ONÇA nos ensaios da Grande Rio (@granderio), mas assistir ao desfile da escola no domingo passado foi uma experiência que superou nossa mais delirante imaginação. A Grande Rio adaptou lindamente a reconstituição do Beto do que teria sido o texto original do mito tupinambá sobre a transmutação do bem e do mal. A transformação do homem no mais belo dos felinos _ genuinamente brasileiro _, foi muito bonita de se ver. Estonteante e icônica, a personificação da onça pela rainha Paolla Oliveira (@paollaoliveirareal). Uma unanimidade inteligente: o vídeo de Paolla sambando à frente da bateria no momento em que a máscara de onça se fecha sobre seu rosto foi o mais assistido do carnaval, com mais de 60 milhões de visualizações, e a Grande Rio ficou com a medalha de bronze de 2024, desfilando amanhã entre as campeãs. Estaremos lá para ver esse baita feito para um livro nada óbvio, porém necessário, e pelo qual temos um carinho especial: MEU DESTINO É SER ONÇA foi originalmente publicado por Luciana Villas-Boas quando era diretora editorial da Record, em 2009, e Alberto Mussa veio com ela para a agência quando esta foi fundada em 2012. Aliás, para LVB, o carnaval foi mesmo especial. Além do Mussa, outra gigante da literatura também consagradíssima na Sapucaí _ Ana Maria Gonçalves, de UM DEFEITO DE COR, tema da Portela _ também foi revelada por ela aos leitores do Brasil em 2006, aquela primeira década do século de grande desapreço pela literatura brasileira. Era preciso então muita coragem para publicar autor nacional, ainda mais em 900 páginas, como UM DEFEITO DE COR, mas esses dois, Mussa e Ana Maria, tornaram-se canônes.