Miguel Sader
Erno Rubik. Você pode nunca ter ouvido falar o nome desse arquiteto húngaro, recluso e avesso às câmeras e microfones, mas é muito provável que ele já tenha passado pela sua vida de alguma maneira. Estamos falando do inventor do Cubo Mágico – ou Cubo de Rubik, como é conhecido em alguns países: o brinquedo mais popular do mundo. Criado em 1974, o quebra-cabeças segue até hoje inspirando (e frustrando) pessoas de todas as idades e nacionalidades, mas mais do que nunca Rubik está no centro das atenções. A razão é sua estreia na literatura, aos 76 anos, com CUBED: THE PUZZLE OF US ALL (“Cubo: o enigma de todos nós”, em tradução livre), as memórias do autor.
Que estreia, essa de Rubik. Publicado há poucos meses, o livro vem causando alvoroço no mercado editorial, na crítica e entre os leitores, que na Amazon fazem inúmeros elogios à obra.
Rapidamente, os direitos de tradução foram vendidos para 11 territórios. Em ordem de negociação: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha, Eslováquia, República Tcheca, Rússia, China, Coreia do Sul e Japão. Na maioria dos casos, o livro foi adquirido por editoras sólidas como Flatiron/Macmillan, Weidenfeld & Nicholson, C.H. Beck, Utet e outras.
Nos EUA e no Reino Unido, Flatiron e Weidenfeld & Nicolson publicaram CUBED em setembro. Reconstruídas em fragmentos como o próprio cubo mágico, as memórias de Rubik conquistaram resenhas consagradoras do New York Times e do Financial Times, entre vários veículos. Nos outros países em que foi publicado, toda mídia relevante deu espaço ao lançamento de CUBED.
O livro conta mais do que apenas a história da criação do cubo mágico. É um relato sobre a criatividade e a inventividade humana, narrado a partir do fascínio do jovem Rubik por quebra-cabeças e enigmas em geral. “Eu estava tentando entender a natureza do cubo, até que mudei de ideia. O que realmente me interessava era a natureza das pessoas e a relação delas com o brinquedo.”, revelou o autor em entrevista ao NY Times.
Transitando entre o geek e o hipster, CUBED tem tudo para, chegando ao Brasil, alcançar um público enorme. Que a sua nova invenção, que exige bem menos esforço de quem a ela se entrega do que a solução do Cubo Mágico, continue inspirando as pessoas.
