Impressionante como deu certo o movimento dos editores de conferir um caráter jovem – se não exclusivamente, com grande ênfase – às bienais do livro. Os editores que foram com tudo no segmento de literatura jovem-adulto ficaram muito satisfeitos com o primeiro fim de semana da 27ª edição da Bienal de São Paulo. Para dar um só exemplo, Rejane Dias, fundadora da Autêntica, diz que concentrou seu stand no selo Gutenberg e faturou 63% a mais do que no mesmo primeiro fim de semana da feira dois anos atrás. Luciana, em SP para a Bienal, e Anna Luiza, que tem base paulistana desde 2020, se surpreenderam com o tamanho e o engajamento do público no evento sobre Romantasia, na sexta-feira, do qual participou a querida e cativante FML Pepper, da LVB & Co, com outras autoras do gênero. À exceção das hora e meia de conversa sobre romantasia, era possível encontrar Pepper todo o tempo no stand da Planeta autografando e trocando ideias com suas leitoras sobre DEUSA DE SONHOS, segundo volume da série Deusas de Unyan, que vai muito bem, obrigada.
Para a LVB & Co, o objetivo nas feiras brasileiras é rever parceiros e clientes para consolidar relações e, quando possível, apresentar livros de nossos catálogos que achamos especialmente promissores. A temporada Bienal acaba se dando bastante na cidade também, não só no centro de convenções.
O primeiro encontro foi um café com a inteligência brilhante e a ironia discreta de Jezio Gutierre, editor da Edunesp, que tem uma coleção primorosa de livros da historiadora Mary Del Priore, isso ainda na quarta-feira. Na quinta, a reunião foi com Igor Miranda, que tem um projeto magnífico para o mexicano Carlos Fuentes, cânone do boom latino-americano, em sua Pinard, em cinco anos consolidada como relevante e elegante editora de clássicos do continente.
Depois, fomos privilegiadas com um jantar de comida boa e conversa deliciosa, no Ici Bistrô, com Ana Paula Hisayama, Leandro Sarmatz e Flavio Moura, onde brindamos à carreira dos autores brasileiros da LVB & Co na Todavia: Aguinaldo Silva, Alberto Mussa, Betina Anton e Nara Vidal, todos lançados nos últimos 10 meses. No dia seguinte, a sexta-feira, na Bienal, seria indispensável passar no stand da Todavia para o abraço em André Conti, que bravamente assumiu a direção comercial da editora e não pôde participar do jantar. Encontramos André a mil, animado com as vendas de EXTRAORDINÁRIA ZONA NORTE, do Mussa, suado e cansado mas muito elegante com um avental que só pelas fotos já deixou Miguel Sader, conhecedor de moda e estilo tanto quanto de livros, morrendo de inveja e querendo um igual para a LVB & Co.
No Anhembi, local para onde, felizmente, a Bienal retornou, houve tempo para ótimas reuniões com Maria Luiza Poleti, que acaba de voltar da licença maternidade para o comando da não-ficção da Planeta; Silvia Tocci, que cuida dessa mesma área na VR; e com Marcia Batista, da Universo dos Livros, mais interessada na ficção jovem e de entretenimento. A noite de sexta-feira foi para a festa de lançamento do Pitaya, selo jovem-adulto da HarperCollins, que ofereceu a rara e sensacional oportunidade de conversar com Leonora Monnerat, CEO do grupo; Samuel Coto, o publisher; a querida Alice Mello, editora executiva, cuja carreira Luciana acompanha com orgulho desde os tempos da Record, e Lara Berruezo, que entrou para o mercado editorial como estagiária da LVB & Co ainda com seu antigo nome. Julia Barreto, que só conhecíamos (bastante) por e-mail, é quem estará à frente do Pitaya. Fará um trabalho da maior competência. O mercado todo estava na festa, e foi uma alegria ver finalmente a barriga da talentosa e querida botafoguense Lívia Vianna, da Record. Seu bebê no futuro há de dizer com orgulho: fui gestado enquanto o Botafogo voltava a conquistar campeonatos.