O AMOR QUE JAMAIS É UM FARDO

O economista, produtor de cinema e tradutor Alberto Flaksman oferece ao blog sua Frase Sublinhada na página 86 de “Feline Philosophy”, de John Gray, que ele acaba de traduzir para a Record. Alberto comenta: “Não é uma frase otimista. Mas é consistente com o pensamento de um cético que acredita na existência da natureza humana e a considera implacável.”

“O amor e o ódio entre seres humanos estão frequentemente misturados. Podemos amar outras pessoas profundamente e ainda assim ficar ressentidos em relação a elas. Podemos vir a odiar o amor que sentimos por outros seres humanos e senti-lo como um fardo, uma restrição à nossa liberdade, ao passo que o amor que outros sentem por nós pode parecer falso e não confiável. Se, a despeito dessas suspeitas, continuamos a amá-los, podemos começar a odiar a nós mesmos. O amor que os animais sentem por nós e nós sentimos por eles não é deformado dessa maneira.”

“Among human beings love and hate are often mixed. We may love others deeply, and at the same time resent them. The love we feel for other human beings may become hateful to us, and be felt as a burden, a fetter on our freedom, while the love they feel for us can seem false and untrustworthy. If, despite these suspicions, we go on loving them, we may come to hate ourselves. The love animals may feel for us and we for them is not warped in these ways.”