A GOLEADA DE CÉSAR SOUZA

Com vasta obra de várias dezenas de títulos publicados, inclusive um clássico da categoria Auto-ajuda de Negócios _ VOCÊ É DO TAMANHO DE SEUS SONHOS (mais de 200 mil exemplares vendidos) _, uma carreira de décadas como alto executivo de várias grandes empresas no Brasil e no exterior e, agora, à frente do Grupo Empreenda, que criou e preside, César Souza revela o que sua consultoria está fazendo para aumentar em muito o número de clientes, fazer crescer sua receita e ainda sua contribuição à sociedade em época de pandemia Covid-19. Nesta Entrevista, César, sensacional líder do movimento “Vamos virar o jogo”,  dá sua nota média para o empresariado brasileiro, compartilha boas ideias para a superação do presente e conta sobre seu novo livro, em parceria com o jornalista Maurício Barros _ esquentando no forno da Editora Buzz para sair como o melhor presente de Natal de 2020 _, com as lições das mais variadas modalidades esportivas para a vida pessoal e profissional de seus leitores e clientes.

VB&M: Você está agitando uma forte campanha entre empresários intitulada #VamosVirarOJogo. Em miúdos e na prática, qual é a proposta lançada?

CS: O Propósito do Movimento #VamosVirarOJogo é o de viabilizar o compartilhamento de melhores práticas das empresas para superar o presente e construir o futuro. Quase 750 empresas de diferentes portes aderiram ao movimento em menos de 90 dias, algumas das maiores do país, como Magalu, BASF, Carrefour, Solvi Ambiental, PwC, 3M, Laureate Educacional, Gerdau, entre várias outras, mas também pequenas, médias e até algumas startups. Já contamos com mais de 150 cases apresentados ao público pelas empresas, com quinze destaques que têm sido bastante divulgados na mídia como casos de sucesso no combate à pandemia e na preparação das empresas para o futuro.

VB&M: Qual nota média você daria ao comportamento do empresariado brasileiro diante da pandemia de Covid-19? Claro que há aqueles empresários muito proativos no enfrentamento da crise e outros, quase imobilizados pelo susto e pelo medo. Gostaria que falasse do empresariado brasileiro como um todo – medianamente.

CS: De modo geral, o empresariado brasileiro está virando o jogo com ideias inovadoras e corajosas. Alguns de setores como telemedicina, alimentação, delivery, tecnologia, logística e e-commerce estão indo muito bem. Outros ainda estão indecisos devido ao enorme volume de problemas e precisam redefinir seus negócios. Alguns, ainda na lona ou nas cordas, não conseguiram se levantar diante do golpe que levaram. Há alguns empresários nota 10, muitos nota 7, outros nota 4. Mas percebo que de junho para cá o empresariado está mais assertivo, de forma geral, buscando soluções. A fase do muro das lamentações sobre o presente e da nostalgia quanto ao passado está sendo superada. Começa-se a focar no futuro. Tenho insistido: “Não podemos dirigir nossas empresas olhando pelo espelho retrovisor!” Felizmente, muitos estão ouvindo e se posicionando para enfrentar a realidade.

VB&M: Sua empresa de consultoria empresarial, a Empreenda, parece nunca ter sido tão requisitada. Como você conseguiu isso?

CS: Realmente a demanda por nossos serviços aumentou bastante. Por um lado, os que estão expandindo na crise solicitam nossa ajuda para formatar o que chamamos de “Passaporte para o Futuro”. Por outro, os que estão passando por sérias dificuldades nos acionam como um paciente doente aciona um médico. Temos que trabalhar nos dois lados da crise. Conseguimos isso devido a três fatores: 1) nossa credibilidade conquistada ao longo de 20 anos de árduo trabalho e contribuições mensuráveis aos nossos clientes; 2) nosso foco nas soluções e não nos problemas; 3) nossa reinvenção com metodologias e tecnologias úteis a esse novo mundo digital. Diferentemente de quem apenas digitalizou material antigo, requentando café frio ou pão dormido, fizemos brutal esforço para nos reinventar com iniciativas que começamos anos atrás, pois acreditamos (e tomamos o remédio que prescrevemos) que apenas os inovadores, que souberem se reinventar, e os confiáveis serão sobreviventes. Implementamos profunda transformação digital no delivery de nossas palestras, workshops e serviços de consultoria.

VB&M: Qual a maior preocupação de seus clientes?

CS: São várias as preocupações: reequilíbrio econômico-financeiro, cultura de inovação, eficiência operacional, gestão de equipes à distância, desenvolvimento de líderes para a nova realidade, relacionamento eficaz com clientes à distância, mudança da cabeça analógica para a realidade digital, sucessão, etc. Mas o que percebo como um dos principais anseios dos meus clientes, é o de superar as adversidades do momento atual e para poderem se concentrar no futuro. Contudo, tenho alertado que pensar no “novo normal” é uma ilusão, pois estamos rumo ao “novo (a)normal”. Como já diz a música do Lulu Santos, “nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia”. Esses versos serão o hino da pós-pandemia.

VB&M: É comum você ilustrar suas ideias, tanto em sua vasta obra literária como nas suas palestras, com exemplos tirados dos esportes, que, sabemos, acompanha muito de perto. Você diria que a competição esportiva simula ou sintetiza os dilemas humanos na vida em geral?

CS: Sim, o esporte, assim como a arte, a filosofia e a história são campos férteis para o aprendizado sobre liderança, gestão e ética. Adoro diversas modalidades esportivas e artísticas e sempre uso metáforas desses campos da atividade e da criação humanas para inspirar as equipes de nossos clientes. Um bom jogo, uma exposição de arte, um filme, uma peça teatral são fontes inesgotáveis de reflexões mais profundas sobre o nosso cotidiano. Esse é um enorme diferencial dos nossos programas de desenvolvimento de líderes, que chamamos de “Líderes em Ação”.

VB&M: O que pode nos contar de seu próximo livro, a ser lançado ainda este ano?

CS: Não posso entrar em detalhes pois o livro está em fase de produção na editora e é um segredo guardado a seus chaves. Com a sétima chave, vou cometer uma inconfidência e abrir uma janela para satisfazer a curiosidade: trata-se de um livro sobre lições de diversas modalidades do esporte para a vida pessoal e profissional dos leitores. Confesso que pela primeira vez não me canso de ler e reler os originais desse livro escrito a quatro mãos com o querido amigo e jornalista esportivo Maurício Barros.