A TERNA ALMA DE ADRIANO

A escritora e historiadora Mary Del Priore oferece ao blog sua Frase Sublinhada na página 287 de “Memórias de Adriano” (Nova Fronteira, 1980), de Marguerite Yourcenar, na tradução memorável de Martha Calderar. Mary considera esse trecho, que dói de tão belo, “uma frase para a gente caminhar junto”.

“Pequena alma, alma terna e inconstante, companheira do meu corpo, de que foste hóspede, vais descer àqueles lugares públicos, duros e nus, onde deverás renunciar aos jogos de outrora. Por um momento ainda contemplemos juntos os lugares familiares, os objetos que certamente nunca mais veremos… Esforcemo-nos por entrar na morte com os olhos abertos…”