Diretora do departamento de direitos da Atlantic Books, Alice Latham divide conosco sua leitura de POST MORTEM, da autora britânica Kate London, primeiro volume de uma série de romances policiais cuja elogiada série de TV, chamada THE TOWER, estreou recentemente na Grã Bretanha.
Estou lendo POST MORTEM (relançado como THE TOWER), de Kate London, publicado pelo selo Corvus da Atlantic Books. Antes de começar a trabalhar na Atlantic, perguntei quais autores da lista eu deveria ler e Kate foi recomendada por diversas pessoas como nossa melhor autora de suspense policial. Sem desrespeitar a autora, mas foi necessária a adaptação audiovisual para que eu finalmente começasse a leitura. Originalmente publicado como POST-MORTEM em 2015, o livro ganhou nova edição agora rebatizado THE TOWER, título da série de TV estrelada por Gemma Whelan, de “Game of Thrones”, e produzida por Patrick Harbinson, de “Homeland”, e que terá próximas temporadas baseadas nos livros seguintes da série, GALLOWSTREE LANE e DEATH MESSAGE. A descrição de Kate da parceria entre uma detetive mulher impetuosa com uma oficial da polícia abertamente gay, Sarah Collins, talvez fosse um pouco avançada demais para o público de então, mas hoje os leitores estão muito mais abertos à representação de personagens diversos.
O romance THE TOWER é uma leitura envolvente que retrata perfeitamente o que a vigilância de cada dia exige, e a experiência da autora como membro da Força Policial Metropolitana de Londres brilha através da sua escrita. Como um quebra-cabeças, Kate London une as peças de sua narrativa complexa e aborda uma variedade de temas pungentes como racismo, imigração, políticas de trabalho e dilemas morais. Os personagens são muito bem descritos, são falhos e por vezes até desagradáveis, mas sempre conseguimos nos identificar com eles. É uma leitura imperdível para todos que gostam de investigações policiais ou livros com uma protagonista feminista marcante. Também é um maravilhoso livro sobre Londres, que retrata com precisão o lado mais obscuro de uma cidade em que abastada classe média vive lado a lado com os imigrantes mais miseráveis.
