AS MENTIRAS QUE OS ESCRITORES CONTAM QUANDO BEBEM

Luiz Biajoni, autor de ELVIS & MADONA (Bazar do Tempo) entre outros livros, compartilha sua Frase Sublinhada em “Viagem ao Redor da Garrafa – Um ensaio sobre escritores e a bebida” (Anfiteatro/Rocco), de Olivia Laing, que toma como base as bebedeiras e a luta contra o vício dos autores Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, John Cheever, Raymon Carver, Tennessee Williams e John Berryman. Entre os muitos trechos que destacou no livro, Biajoni escolheu compartilhar um de Hemingway, ao qual faz o seguinte comentário: “Sempre me interessei pela relação ‘escrita versus álcool’. Os trechos mais marcantes, para mim, são os escritos dos autores sobre a dependência do álcool, muitas vezes tentando justificar para alguém, para os leitores e, claro, para si mesmos, os benefícios de se beber e de se estar embriagado.”

“Não é antinatural que os melhores autores sejam mentirosos. Parte considerável de sua ocupação se resume em mentir ou inventar, e quando estão bêbados eles mentirão ou para si mesmos, ou para estranhos. Muitas vezes, mentem inconscientemente e se recordam de suas mentiras com grande remorso. Se soubessem que todos os outros escritores são também mentirosos, ficariam animados.”