Luize Valente, autora de UMA PRAÇA EM ANTUÉRPIA e SONATA EM AUSCHWITZ (Record), compartilha dois trechos que sublinhou nas páginas 126 e 146 do romance “As brasas” (Companhia das Letras, 1999), do escritor húngaro Sándor Marái.
“Será que a fidelidade não é uma espécie de terrível egoísmo e vaidade, como são a maior parte das exigências humanas? Quando exigimos fidelidade, como podemos querer que a outra pessoa seja feliz? E se ela não consegue se sentir feliz na prisão da fidelidade, e continuamos a mantê-la trancada, será que podemos dizer que amamos?” (p. 146)
“Não me dou conta de que se alguém se obstina em desnudar a própria alma, com uma franqueza beirando o exagero, é talvez para não ter de falar de outra coisa que tem importância capital.” (p. 126)