César Souza (@cezarsouzaempreenda), empresário e autor de DESCUBRA O CRAQUE QUE HÁ EM VOCÊ (@buzzeditora), terminou a leitura de “O Anel de Giges” (@companhiadasletras), do economista e pensador Eduardo Gianetti. O livro propõe uma reflexão sobre a Ética a partir da fábula de Giges, extraída de “A República”, de Platão, sobre o anel que dá a um camponês o poder da invisibilidade e a possibilidade de cometer crimes sem ser punido. César explica o encanto e a importância dessa leitura.
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O que você faria se fosse invisível ao olhar de terceiros e tivesse a certeza da impunidade de crimes que por ventura cometesse? Esse dilema é brilhantemente abordado pelo professor Eduardo Giannetti no seu belo livro “O Anel de Giges”, que trata do comportamento das pessoas quando percebem que vivem numa cultura de impunidade.
O objeto que dá nome à obra vem da “República” de Platão. Como provocação a Sócrates, defensor da ideia de que ser uma pessoa justa é um bem em si – ou seja, independe das vantagens que o comportamento acarreta -, Gláucon, irmão mais velho de Platão, conta a história de Giges, camponês que encontra um anel que lhe dá o poder da invisibilidade. Isso lhe permitiria aquilo com que todas as pessoas só podem sonhar: ir para qualquer lugar e fazer o que bem quisesse, sem receio de ser apanhado. Ele usa o poder do anel para enriquecer, roubar o que queria e se livrar de quem quer que atravessasse o seu caminho.
A lenda nos faz pensar sobre nossas ações. Será que não agiríamos como Giges se tivéssemos certeza de que ficaríamos impunes dos nossos atos, ainda que imorais e ilegais? A reflexão serve para todas as situações do nosso dia a dia: desde furar a fila da vacina até estacionar em local proibido; sonegar impostos, esconder dados e informações, acessar o celular de outra pessoa, entre outras “façanhas”…
