O QUE ALBERTO (ABY) FLAKSMAN ESTÁ LENDO?

O economista, produtor de cinema e tradutor Aby Flaksman indica a leitura de “Meio sol amarelo” (Companhia das Letras), romance de Chimamanda Ngozi Adichie. Essa grande escritora nigeriana foi sugerida a ele pela filha, a psicóloga Laura Flaksman, que lhe deu de presente “Americanah” receando que Aby considerasse o trabalho da autora “meio chicklit”. Naturalmente, ele iniciou o romance com um pouco de desconfiança, mas, leitor de vasta erudição, não só gostou muitíssimo do livro como enveredou pela ficção de Chimamanda com “Meio sol amarelo” e já comprou “Hibisco roxo”.

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Terminei de ler “Meio Sol Amarelo” (Companhia das Letras), e minha admiração pela Chimamanda Ngozi Adichie só fez aumentar. Chimamanda é uma grande autora, uma Vargas Llosa feminina e negra. A maneira como ela escreve sobre a África e os africanos, no contexto da guerra do Biafra, quando não era nem nascida, é admirável e nos faz descobrir um mundo ainda em grande parte desconhecido por nós, brancos ocidentais. Com sua sensibilidade feminina, ela escreve também sobre os sentimentos, o amor e o sexo de maneira corajosa e apaixonada, como tive poucas oportunidades de ler em outras escritoras. Enfim, estou decidido a ler tudo o que ela escreveu até agora e aposto que ganhará um Nobel em algum momento no futuro.